Sanguessuga
25 de Junho de 2019
Independente
12:18

  1. Cactos 4:18
  2. Éden 2:36
  3. Ode1 2:44
  4. Cobra 2:40

Gravado entre os meses de Fevereiro e Abril de 2019 no Estúdio Fiaca, em São Paulo/SP.
Produzido por Lucas da Silva e Vinicius Mendes.
Mixado por Yann Dardenne.
Masterizado por Chris Kuntz.
Baixo, guitarra, letra, música e voz por Vinicius Mendes.
Bateria, guitarra e voz por Nickolas Marchioretto.
Foto da capa retirada do arquivo pessoal.

Letras

Cactos

Você e a cidade são só um
As placas no seu quarto brilham feito quartzo
A bolha vermelha que irradia suprema é só enfeite pros vidros que o aço suspende
Não aguento mais ver o seu corpo nu
Pálido e frio, minhas unhas não deixam caminhos e sim sulcos vermelhos, todos rios secos
Um muro nunca vai ser feito enquanto eu bocejo
Você nunca me enganou
Não vou trazer meus cactos pra esse lugar
Pois sem as estrelas que você afanou o céu desaba sem onde sustentar
Naa matéria que você lecionou eu já sou mestre
Então não vou sangrar só de te ouvir falar
Quando você disse que tudo flui daqui pra frente
Eu não sei se tá falando do trânsito ou da gente, da gente como par ou da gente como gente
Então eu deito no meu banco, levado pela corrente

Éden

Quando eu desembaraçar esse laço dos meus pés, não vou correr
Eu vou voar sem nem mirar num alvo certo pra bater
Eu vislumbrei um éden de brilho tão vistoso
De sina imprecisa não há um mar pra ancorar
Eu teimo num destino que nunca me foi descrito
E sigo num caminho que eu nem sei como trilhar
Eu vislumbrei um éden de brilho tão vistoso
Um feixe ofuscante de um ser malicioso
Eu caio num só talho misericordioso

Ode

Eu não quero mais te esperar da minha janela
Quero deixar a porta aberta
Fazer da minha a nossa casa
Eu não vou sentir medo nem sentir culpa
Só quero sentir seu braço na minha nuca
Se você desmoronar
Faço um divã no nosso quarto
Faço um ninho no nosso abraço pra você descansar
E quando o sol nos engolir no fim das coisas
Segurarei sua mão com toda a minha força

Cobra

Hoje fiquei medindo o azul entre seus dedos mais uma vez
Segunda natureza pressupor a derrota de outro alguém
Hoje engoli a língua e sufoquei na raiva depois de um mês
Segunda natureza minimizar a própria insensatez
Quando troco de pele me escondo num buraco
A sujeira te repele mas sigo o teu rastro
Segunda natureza engolir o próprio rabo

Disponível também via Bandcamp.

Foto por Lucas da Silva.

  1. Videoclipe lançado em 21/05/2019. ↩︎

Sanguessuga by Ultraluna is licensed under CC BY-NC-SA 4.0